Estudantes do 8º ano conversaram sobre o livro “As cores da escravidão”
No dia 10 de agosto de 2021, pela manhã, os alunos do oitavo ano do Colégio Marista Glória tiveram a oportunidade de encontrar virtualmente Ieda de Oliveira, autora do livro paradidático As cores da escravidão (Editora FTD, 2013), uma história sensível sobre a violência da escravidão infantil, os traumas consequentes e as possibilidades de regeneração diante da dor. A conversa virtual – entre a autora, os alunos do oitavo ano, os professores Luciano Brito, Patrícia Tortel, Faissal Tannoukhy e a assistente de biblioteca Thamiris Pereira – avançou através de comentários, dúvidas e mistérios suscitados pelo romance. Ieda de Oliveira, para traçar a trajetória do livro, contou sobre sua infância e sobre uma viagem decisiva à África, fazendo da necessidade de retorno às raízes a motivação por trás da criação de sua história. À introspecção e ao silêncio necessários à construção do texto, a autora adicionou ainda uma vasta rede de modelos que tiveram influência decisiva em As cores da escravidão: Machado de Assis, Graciliano Ramos (sobretudo no que diz respeito à busca de um estilo conciso), Guimarães Rosa… Assim, uma conversa sobre literatura, e sobre os poderes da literatura infanto-juvenil em tocar questões históricas da maior importância, conduziu a um verdadeiro ateliê de escrita. E foi com essa oficina – juntamente com a reflexão humana suscitada por As cores da escravidão – que muitos alunos do oitavo ano só tiveram a ganhar.
Luciano Brito (professor de português na área de Códigos e Linguagens)