O Colégio Marista Glória realizou na sexta-feira 28/09/2018, o Fórum das Juventudes. Foram convidadas, a Psicóloga Ana Laura Schliemann a Juliana Polloni (Mediadora de Conflitos). Baseado no Tema da Campanha da Fraternidade/2018: “Fraternidade e Superação da Violência”, “Vós sois todos irmãos” (Mt 23,8).
“O II Fórum de Juventudes/2018” foi uma verdadeira demonstração da capacidade de somar forças para criar espaços que busquem a superação da violência e a construção de uma nova realidade para as juventudes e os adolescentes, de nossa sociedade.
Para aprofundar sobre a origem da violência, a Ana Laura Schlimann refletiu sobre este tema. Nos dando pistas de como evitar que a violência aconteça onde estamos ou atuamos. Acreditamos que o enfretamento da realidade de exclusão e superação da violência se dá com reflexão e práticas que acontecem desde decisões pessoais, passam pela sala de aula e chegam aos que mais necessitam.
Os últimos anos, muito tem se refletido sobre violência no país. O cenário vem mudando, mas o Brasil ainda figura entre os mais violentos do mundo, especialmente em razão das altas taxas de homicídios.
O que faz com que alguns jovens e adolescentes sejam vítimas e autores da violência? E, ainda mais importante, como prevenir o envolvimento desses jovens e adolescentes com o crime ou com a violência?
Com a Juliana Polloni, (mediadora de Conflitos) refletimos que os conflitos gerados a partir do encontro de diferentes gerações, valores e culturas que evoluem para atos indisciplinares evidenciam a dificuldade de estabelecer relações baseadas na escuta e no diálogo e, assim, de construir ambientes de paz e respeito mútuo propícios ao desenvolvimento e ao aprendizado.
Depois da casa onde moram, o Colégio é o espaço de socialização para crianças adolescentes e jovens. E quanto maior a diversidade entre os que a frequentam, mais propícia ao enfrentamento ela é., mas como lidar com o tema se ele é percebido como algo negativo que deve ser evitado? Como mediar um problema quando nem todas as partes envolvidas estão dispostas a ouvir a versão do outro, a repensar atitudes e a conciliar relações? Como mediar conflitos nas escolas e transformá-los em desenvolvimento positivo de habilidades e de relacionamentos?
Assim escreveu a Júlia Simões (9°ano)
Violência. Será que não estamos percebendo que estamos sofrendo e praticando a violência?
“A palavra violência deriva do Latim “violentia”, que significa “veemência, impetuosidade”.
Uma mulher com um filho chorando no ônibus. Xingando a criança. A maioria pensa em como aquela mãe está errada em fazer aquilo e como a situação é chata.
Então, alguém chega e diz: – Ei, estou vendo que a senhora está nervosa e cansada. Deixa que eu cuido do seu filho um pouco. A mãe então chora, pois era tudo que ela precisava.
Agir com impulso nos leva a praticar violência. Não se colocar no lugar do outro também.
E quem disse que a mentira também não é violência? Esconder uma nota dos pais, ou até desprezar uma pessoa que você trata bem em sua presença.
Desprezo. Contra o jovem, contra a mulher, contra uma criança, contra alguém que você julga inferior…
Julgar. Quando você julga, deixa de compreender uma pessoa que talvez estivesse precisando de ajuda.
Apoio. No momento em que a pessoa ajudou a mãe toda uma situação geral foi resolvida, mas o conflito interno da mãe também em relação ao filho também foi. Naquele momento o apoio a deixou “respirar”.
Quantas pessoas precisam de um abraço e nós nem desconfiamos? Será que nós estamos precisando de um abraço? Que tal compartilharmos o amor e não a violência?
Diálogo. Muitas guerras aconteceram, pois um lado foi incapaz de entender o outro. O diálogo é a chave da compreensão. Do perdão. Ele evita um conflito que talvez ocorresse se uma pessoa tivesse escolhido a agressão ao invés do diálogo. “Como pessoas tão inteligentes podem escolher a violência para demonstrar suas ideias? ”
Elogiar. Antes de criticar, elogie. A crítica faz bem, mas o elogio faz tão bem quanto.
“ Tirem os seus sapatos, o que o seu pé tem de diferente do outro?”
Preconceito e intolerância. Escolham o amor e o diálogo.
Escolham o caminho que os levará ao amor e levará o seu amor aos outros.
Eu aprendi isso e mais um pouco no Fórum de Juventude com a Juliana Polloni, a Ana Laura Schliemann Shulliman e as partilhas dos nossos colegas presentes.
O Excelente resultado deste Fórum foi a articulação da Comissão Local de Juventudes, a Pastoral Juvenil Marista do Glória e o Núcleo de pastoral. Agradecemos todos pela constante colaboração.